Alguns dias atrás reproduzí no Blog parte de um texto feito pela roqueira e blogueira Helena Silveira intitulado “Vão pro diabo que os carregue” se referindo a banda Black Style e a polêmica musica “Esfrega a Xana no Asfalto”.
O texto dela causou grande polêmica, pois era duro, provocador e agressivo mas, percebi que trazia a baila a revolta de uma pessoa cansada da degradação moral sofrida pela mulher moderna. E melhor, sua critica nos fez pensar sobre moralismo, respeito, censura e outras “cafonices”.
Sendo pagodeiro fico com o rabinho na estrada ao comentar qualquer coisa sobre pagode, mas não falo do ritmo, falo aqui de conteúdo.
Acho a banda Black Style uma boa banda, mas percebo que desde o início eles atacam pelo lado escandaloso da coisa, nota-se claramente que o pejorativo é a tônica do trabalho.
Começou com “Rala a Tcheca no Chão”, tropeçou em “Desce com a mão no tabaco” e esbarrou sem receio nenhum em “Esfrega a xana no asfalto”.
A música é pornográfica, e até no título já trás uma apologia ao sexo, todavia, olhando ao redor percebo uma baixaria nacional de proporções ainda maiores. Sinto degradação moral em diversas estirpes da sociedade e não só nesse ou naquele ritmo. Talvez a culpa da pornografia dos Black Styles, dos Créus ou das Lacreias da vida, esteja na falência dos valores culturais.
Hoje em dia na maioria das chamadas “músicas de massa”, só vencem pelo escândalo ou pelo sexo explícito, seja no funk, pagode, arrocha, forró ou em quaisquer outros.
O Black Style está certo (em partes), pois faz a música que sabe pro um público que tem preguiça de pensar.
Não existe mal em descer até chão, o problema é que o juízo dessa minha geração é na sola do pé, vão andando e pisando. Só assimilam “muito do mesmo”. E o agravante é quando o “muito” é mesmo vazio.
O saldo disso? Bombardeios mil ao nosso bom pagode, já estigmatizado como ritmo de negão e de piriguete.
Não serei hipócrita pra dizer que não me pegarei dançando a Xana, A raspadinha ou o Tchuco, (no carnaval dancei muito), todavia eu já tenho minha personalidade formada, minha filha não.
O que me assusta são os mocinhos que já crescem acreditando que toda mulher é “cachorra” e que dançar gostoso pra alguns é praticamente fazer sexo sem precisar tirar a roupa.
Apesar do lado pejorativo não acho que a música do Black Style represente o fundo do poço, penso sim, que pode nos acender uma luz pra reflexão sobre o que é produção cultural nos tempos modernos.
Como pagodeiro convicto, digo que poucas coisas são tão gostosas quando dançar um bom pagode. Agora sinceramente me preocupa a idéia de ver criancinhas esfregando a genitália no solo.
Finalizo com as palavras de uma amiga que disse certa feita: “Se eu esfregar minha xana no asfalto com as estradas que temos no Brasil, vou direto pro pronto socorro”!
O texto dela causou grande polêmica, pois era duro, provocador e agressivo mas, percebi que trazia a baila a revolta de uma pessoa cansada da degradação moral sofrida pela mulher moderna. E melhor, sua critica nos fez pensar sobre moralismo, respeito, censura e outras “cafonices”.
Sendo pagodeiro fico com o rabinho na estrada ao comentar qualquer coisa sobre pagode, mas não falo do ritmo, falo aqui de conteúdo.
Acho a banda Black Style uma boa banda, mas percebo que desde o início eles atacam pelo lado escandaloso da coisa, nota-se claramente que o pejorativo é a tônica do trabalho.
Começou com “Rala a Tcheca no Chão”, tropeçou em “Desce com a mão no tabaco” e esbarrou sem receio nenhum em “Esfrega a xana no asfalto”.
A música é pornográfica, e até no título já trás uma apologia ao sexo, todavia, olhando ao redor percebo uma baixaria nacional de proporções ainda maiores. Sinto degradação moral em diversas estirpes da sociedade e não só nesse ou naquele ritmo. Talvez a culpa da pornografia dos Black Styles, dos Créus ou das Lacreias da vida, esteja na falência dos valores culturais.
Hoje em dia na maioria das chamadas “músicas de massa”, só vencem pelo escândalo ou pelo sexo explícito, seja no funk, pagode, arrocha, forró ou em quaisquer outros.
O Black Style está certo (em partes), pois faz a música que sabe pro um público que tem preguiça de pensar.
Não existe mal em descer até chão, o problema é que o juízo dessa minha geração é na sola do pé, vão andando e pisando. Só assimilam “muito do mesmo”. E o agravante é quando o “muito” é mesmo vazio.
O saldo disso? Bombardeios mil ao nosso bom pagode, já estigmatizado como ritmo de negão e de piriguete.
Não serei hipócrita pra dizer que não me pegarei dançando a Xana, A raspadinha ou o Tchuco, (no carnaval dancei muito), todavia eu já tenho minha personalidade formada, minha filha não.
O que me assusta são os mocinhos que já crescem acreditando que toda mulher é “cachorra” e que dançar gostoso pra alguns é praticamente fazer sexo sem precisar tirar a roupa.
Apesar do lado pejorativo não acho que a música do Black Style represente o fundo do poço, penso sim, que pode nos acender uma luz pra reflexão sobre o que é produção cultural nos tempos modernos.
Como pagodeiro convicto, digo que poucas coisas são tão gostosas quando dançar um bom pagode. Agora sinceramente me preocupa a idéia de ver criancinhas esfregando a genitália no solo.
Finalizo com as palavras de uma amiga que disse certa feita: “Se eu esfregar minha xana no asfalto com as estradas que temos no Brasil, vou direto pro pronto socorro”!